As gigantes digitais da música fecham os olhos para pirataria
- Ana Claudia Zan
- 10 de set. de 2019
- 2 min de leitura
s grandes distribuidoras digitais de música acabam tendo o mesmo álbum lançado duas vezes por empresas diferente. Conheça o manisfesto global anti manipulação de streaming
Sim, é possível encontrar numa mesma distribuidora digital, como spotify o mesmo álbum do artista lançado duas vezes, com clara mudança na capa onde trocam o logo da gravadora original e colocam o da alternativa.
Não trata-se de um caso isolado ou dois, são muitos, e o grande prejudicado é o autor das obras, muito mais que o intérprete ou produtora.
A comparação se faz com o que tínhamos antes, era impossível numa loja física de confiança você sair com um vinil do Elves Presley da RCA e outro igual de outra gravadora, isso não existia.
E não deveria poder existir nessas grandes plataformas digitais, porque é venda pirata, veja se fosse uma loja física poderia ser fechada e seus donos enquadrados e fichados como participante do crime de pirataria.
Veja o caso, do grande autor Harold Arlen, o grande autor de muitos abras para o cinema bem famosas, como "Over the Rainbow", e "O Mágico de Oz", seus advogados de direitos autorais, entraram com um processo contra a Apple, Amazon, Google, pandora e Microsoft.
Encontrou mais de seis mil gravações piratas de suas obras.
São ao todo 216 reclamações, por exemplo, há duas cópias do álbum Once Again... de Ethen Ennis disponíveis para streaming no Apple Music, mas a capa de um desses álbuns foi editada para remover o logo da RCA Victor, localizado no canto superior direito.
Outros artistas encontram seus álbuns distribuídos sem sites Russos, sem autorização, também alguns Chineses.
Tudo isso é ilegal, quando o autor e artistas autorizam o lançamento digital de seus álbuns ele escolhe as lojas que serão distribuídos, qualquer coisa fora essas lojas é ilegal.
E sim o autor tem que autorizar que sua obra seja distribuída no digital, não adianta gravar pagar a todos se não há autorização do autor.
Aqui no Brasil as editoras costumam cobrar 300 reais por uma autorização para o digital.
Acredito que outras iniciativa tomadas irão surtir efeitos.
Há ainda um manifesto mundial de artistas onde de pede que que essas gigantes digitais inibam e acabem com a manipulação de streamings
Trolls e robôs oferecidos de verdade e de forma muito explícita inflam os streamings de uma música que na verdade alguém pagou para isso e faz com que eles venham a ganhar muito mais do que seria o correto prejudicando assim o ganho de outros artistas e autores que não fazem uso dessa prática ilícita
Para inibir essa prática foi lançado um código de conduta global, com adeptos brasileiros inclusive.
https://www.ifpi.org/downloads/Anti-stream_manipulation_code_of_best_practice.pdf
Esse é o link para quem tiver interesse em conhecer o código e até aderir, as gigantes aderiram, gravadoras, editoras mundiais e nacionais também.
Estima-se que a perda aos titulares com essa prática chegue a 300 milhões de dolares, de acordo com a Revista rolling Stones.
Enfim, uma união entre direito digital e direito autoral, será extremamente importante para enfim podermos dar andamento numa remuneração mais justo aos titulares de direitos autorais.

Yorumlar